AGRONEGÓCIO

Energia Solar no Brasil: Crescimento Significativo Enfrenta Desafios Fiscais e Operacionais

Publicado em

O Brasil acaba de alcançar a marca de 53 gigawatts (GW) de potência instalada operacional em energia solar fotovoltaica, conforme dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Embora o setor tenha mostrado um notável crescimento na última década, com a criação de mais de 1,5 milhão de empregos verdes e investimentos superiores a R$ 241 bilhões, a trajetória da energia solar no país não está livre de obstáculos. A ABSOLAR aponta desafios significativos que podem comprometer a aceleração da transição para uma matriz energética mais sustentável.

Dentre os principais gargalos estão o recente aumento do imposto de importação sobre módulos fotovoltaicos, a interrupção da geração de energia renovável sem compensações adequadas para os empreendedores afetados e as dificuldades na conexão de pequenos sistemas de geração solar. Desde 2012, o setor fotovoltaico tem sido um impulsionador econômico, gerando mais de R$ 74,7 bilhões em arrecadação para o governo e contribuindo com a redução de 64,2 milhões de toneladas de CO2, o que representa uma importante contribuição para a sustentabilidade do país.

Leia Também:  Brasil entra em estado de alerta por causa da gripe aviária
Desafios Fiscais e Operacionais

No entanto, o cenário mais recente é preocupante. Em novembro de 2024, o Governo Federal anunciou um aumento substancial no imposto de importação de módulos fotovoltaicos, elevando a taxa de 9,6% para 25%. Essa medida pode prejudicar o avanço da energia solar no Brasil, tornando a fonte mais cara para consumidores de diferentes setores, incluindo residenciais, comerciais, industriais, rurais e públicos. O impacto é negativo, especialmente em um momento crítico de combate às mudanças climáticas e na busca por soluções energéticas sustentáveis.

Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, destaca que, embora o Brasil tenha um alto potencial para a energia solar, o setor enfrentou uma série de barreiras nos últimos anos. “A energia solar no Brasil teve um crescimento robusto, mas as dificuldades também foram muitas, o que exigiu grande resiliência das empresas e profissionais do setor”, afirma Koloszuk. Em 2024, as distribuidoras de energia negaram a conexão de novos sistemas solares, alegando inversão do fluxo de potência, enquanto a geração centralizada enfrentou cortes de energia, prejudicando os geradores, comprometendo contratos e dificultando novos investimentos.

Leia Também:  SC e PR Intensificam Busca por Trigo em Estados Vizinho enquanto Produtores do RS Mantêm Cautela
Perspectivas e Soluções para o Futuro

Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, aponta que os desafios de 2024 continuarão a impactar o setor no curto e médio prazos. Por isso, a ABSOLAR seguirá atuando fortemente para resolver os problemas estruturais do setor, com ações de articulação com distribuidoras, agências reguladoras, órgãos do setor elétrico, além do Congresso Nacional e do Governo Federal. “É fundamental que o Brasil avance em políticas públicas eficazes, que incluam boas práticas regulatórias, para maximizar o potencial da energia solar e contribuir para a transição energética”, conclui Sauaia.

O Brasil tem grandes oportunidades de se tornar um protagonista global em novas tecnologias, como o armazenamento de energia elétrica e o hidrogênio verde, desde que crie um ambiente de negócios favorável, atraindo investimentos e gerando empregos sustentáveis. O momento exige ação conjunta para que o setor fotovoltaico continue crescendo, enfrentando os desafios atuais e aproveitando seu potencial para o futuro.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

AGRONEGÓCIO

Passarela da Soja Embrulha Expectativa para Evento de Inovação no Agronegócio em Luís Eduardo Magalhães

Published

on

Considerado um dos maiores eventos da cadeia produtiva agrícola do Oeste da Bahia e da região do Matopiba, a Passarela da Soja, Milho e Culturas Alternativas se aproxima de sua edição de 2025, marcada para o dia 8 de março. O evento, organizado pela Fundação Bahia, ocorrerá no Campo Experimental da Fundação Bahia, em Luís Eduardo Magalhães, e promete atrair um público especializado ligado ao setor agropecuário de todo o Brasil.

Na edição anterior, realizada em 2024, o evento contou com a presença de mais de 1.500 pessoas, incluindo produtores rurais, técnicos de campo, agrônomos, pesquisadores, empresários, consultores e estudantes. Para este ano, as expectativas são de um público ainda maior. “A Passarela é um marco no nosso calendário agrícola, pois sempre contribui com informações e conhecimentos valiosos para os nossos produtores. Neste ano, temas técnicos de relevância nacional serão abordados, além de demonstrações de inovação e tecnologia por meio de nossos parceiros”, afirma Ademar Marçal, presidente da Fundação Bahia e produtor agrícola.

Leia Também:  Brasil Atrai Investidores do Agronegócio em Meio a Instabilidades Globais
Demonstração de Inovação e Tecnologia no Campo

O evento contará com uma estrutura imponente, onde ocorrerá o painel central e estarão localizados os estandes das empresas parceiras. Um dos grandes atrativos é a Vitrine Tecnológica, espaço dedicado à demonstração de cultivares em campo. As culturas da soja, principal produto da região Oeste da Bahia, e do milho, estarão em destaque, seguidas pelas culturas de sucessão.

Embora o nome dos palestrantes e a programação oficial ainda não tenham sido divulgados, espera-se que o evento traga temas de vanguarda no setor agrícola. O encontro será realizado no Centro de Pesquisa e Tecnologia do Oeste da Bahia (CPTO), um dos maiores centros de pesquisa do agronegócio baiano, com 140 hectares dedicados ao desenvolvimento de tecnologias e práticas agrícolas, além de abrigar áreas experimentais das mais diversas culturas.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

CUIABÁ

MATO GROSSO

POLÍCIA

FAMOSOS

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA