AGRONEGÓCIO

Mais de 23 milhões de brasileiros fortalecem o agro com união e práticas sustentáveis

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O cooperativismo brasileiro no agronegócio é um dos pilares centrais do desenvolvimento rural e econômico do país, com números que impressionam e reforçam sua importância estratégica. Atualmente, o Brasil conta com 23,4 milhões de cooperados em diferentes setores, que geram cerca de 550 mil empregos diretos. No setor agropecuário, são mais de 1,1 mil cooperativas que reúnem mais de 1 milhão de produtores rurais, respondendo por cerca de 55% da produção de grãos nacional.

Isan Rezende, presidente do IA

Neste 5 de julho, data do Dia Internacional do Cooperativismo, e em um ano que a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou como o Ano Internacional das Cooperativas, o presidente do Instituto do Agronegócio (IA), Isan Rezende, destacou a força do cooperativismo no Brasil. Para ele, o modelo cooperativista é fundamental para promover a inclusão, a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável no país.

Rezende ressalta que, mesmo diante dos desafios econômicos, climáticos e de volatilidade de preços que afetam a agricultura e a pecuária, o cooperativismo proporciona aos produtores rurais uma rede de suporte colaborativa e de escala. “É a presença do cooperado na gestão e nas decisões que fortalece a resiliência e garante a continuidade da atividade agropecuária em momentos de instabilidade”, afirmou o presidente do IA.

No que diz respeito à sustentabilidade, as cooperativas estão na linha de frente das transformações no campo, investindo em práticas como o manejo regenerativo do solo, economia circular, rastreabilidade digital e buscando certificações internacionais que asseguram a qualidade e a responsabilidade ambiental dos produtos. A capacidade de organização coletiva permite que os produtores atendam às exigências de mercados cada vez mais rigorosos, fortalecendo sua posição competitiva.

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Além disso, o setor cooperativista defende a inclusão do cooperativismo nas políticas públicas como um instrumento essencial para o desenvolvimento econômico e social com respeito ambiental. O fortalecimento do ambiente de negócios e a promoção da competitividade são vistos como fundamentais para ampliar o impacto positivo das cooperativas no país.

Com relação ao mercado global, Rezende destacou que as cooperativas brasileiras têm papel de protagonismo, pois aliam inovação tecnológica à cooperação humana, promovendo eficiência e sustentabilidade. O desafio dos próximos anos será ampliar a agregação de valor no campo, aprimorar a governança e garantir que os produtores permaneçam donos do seu próprio destino, impulsionando a prosperidade local e global.

O reconhecimento internacional pelo Ano das Cooperativas, segundo ele, reforça o modelo como resposta concreta aos desafios atuais, como pobreza, insegurança alimentar, justiça social e mudanças climáticas. “Temos uma das experiências cooperativas agropecuárias mais bem-sucedidas do mundo, e 2025 é uma oportunidade para ampliar o diálogo com a sociedade e o mercado”, enfatizou Isan.

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O cooperativismo também se destaca no setor financeiro, com crescimento expressivo no número de associados e ativos, consolidando sua importância na inclusão financeira em áreas pouco atendidas pelos bancos tradicionais. Instituições cooperativas promovem a participação ativa dos associados e fortalecem comunidades, contribuindo para o desenvolvimento sustentável.

O presidente do IA lembra que o futuro do cooperativismo está diretamente ligado à juventude, que carrega valores alinhados aos princípios cooperativos. Engajar jovens nesse modelo é fundamental para garantir a continuidade e a renovação do sistema, assegurando que o cooperativismo continue sendo uma ferramenta eficaz de transformação social e econômica no Brasil e no mundo.

Assim, o cooperativismo reafirma seu papel essencial na construção de um agronegócio mais justo, sustentável e competitivo, reafirmando sua relevância não apenas para o campo, mas para toda a sociedade. “Mais do que um modelo econômico, o cooperativismo é um compromisso com o futuro do país, com o fortalecimento das comunidades rurais e com a construção de um Brasil mais justo e sustentável para as próximas gerações, completou Isan Rezende.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Mercado da soja enfrenta pressão internacional e avança lentamente no Brasil

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Soja inicia a semana em queda na Bolsa de Chicago

O mercado da soja continua registrando perdas na Bolsa de Chicago. Nesta terça-feira (8), os contratos futuros apresentaram recuos de 2,50 a 5 pontos nos principais vencimentos, mantendo a trajetória negativa iniciada na segunda-feira, quando o contrato de agosto caiu -1,81% (US$ 10,31 por bushel) e o de setembro recuou -2,67% (US$ 10,13 por bushel).

O cenário internacional é influenciado pelo bom andamento da nova safra dos Estados Unidos, somado à demanda global incerta. A ausência de novos acordos comerciais entre China e EUA, além das tarifas impostas pelo ex-presidente Donald Trump a países como o Japão, reforçam o clima de incerteza no comércio internacional. Esses fatores têm levado investidores a adotarem posturas mais cautelosas, especialmente à espera do novo boletim de oferta e demanda do USDA, previsto para o dia 11 de julho.

Além da soja em grão, os derivados também operaram em baixa. O farelo de soja caiu -1,87%, cotado a US$ 272,20 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja recuou -1,12%, fechando a US$ 53,94 por libra-peso. A frustração do mercado com o discurso de Trump em Iowa, onde não foram anunciadas novas medidas de estímulo, contribuiu para a queda nas cotações.

No Brasil, a desvalorização do real frente ao dólar estimulou produtores a anteciparem vendas, aumentando a oferta no mercado e pressionando ainda mais os preços. Apesar das expectativas de crescimento de 10% nas exportações em 2025, as vendas para a China — principal compradora — recuaram mais de 40% recentemente, intensificando a preocupação com a demanda externa. Na última semana, os embarques somaram 389 mil toneladas, dentro das projeções, mas insuficientes para conter o pessimismo.

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Comercialização segue lenta no Brasil, com destaque para os estados do Sul e Centro-Oeste

Rio Grande do Sul:

A comercialização da soja no estado segue em ritmo lento, com o mercado operando “da mão para a boca”, segundo informações da TF Agroeconômica. Os preços registraram quedas:

  • Porto (entrega e pagamento em julho): R$ 135,00 (-1,82%)
  • Cruz Alta: R$ 129,00 (-1,53%)
  • Passo Fundo: R$ 129,00
  • Ijuí: R$ 129,00
  • Santa Rosa/São Luiz: R$ 129,00 (-0,77%)
  • Panambi: R$ 118,00 no mercado de balcão

Santa Catarina:

O avanço da comercialização também é lento. O calendário oficial e o vazio sanitário da soja para o próximo ciclo foram divulgados pela Cidasc, reforçando a importância do planejamento técnico e fitossanitário. No porto de São Francisco, a cotação da saca ficou em R$ 136,17 (+0,24%).

Paraná:

O estado busca um equilíbrio entre retenção e escoamento. As cotações registraram oscilações variadas:

  • Paranaguá: R$ 135,60 (+1,10%)
  • Cascavel: R$ 122,27 (+0,66%)
  • Maringá: R$ 121,24 (-1,61%)
  • Ponta Grossa: R$ 123,28 (+0,29%)
  • Pato Branco: R$ 136,17 (+0,19%)
  • Ponta Grossa (balcão): R$ 118,00
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Mato Grosso do Sul:

A infraestrutura de armazenagem ainda é um obstáculo para ganhos comerciais mais expressivos. O vazio sanitário iniciado em junho visa garantir a sanidade das futuras lavouras. Os preços regionais foram os seguintes:

  • Dourados: R$ 119,95 (-0,15%)
  • Campo Grande e Maracaju: R$ 120,13 (+0,29%)
  • Chapadão do Sul: R$ 107,61 (-0,01%)
  • Sidrolândia: R$ 119,95 (-0,15%)

Mato Grosso:

Mesmo com alta produção, a combinação de margens apertadas, dificuldades logísticas e entraves comerciais afeta a dinâmica do mercado:

  • Campo Verde: R$ 115,59 (+0,64%)
  • Primavera do Leste e Rondonópolis: R$ 115,59 (+0,26%)
  • Lucas do Rio Verde e Nova Mutum: R$ 111,92
  • Sorriso: R$ 111,46 (-0,41%)

O mercado da soja vive um momento de cautela, tanto no cenário internacional quanto no doméstico. Enquanto a Bolsa de Chicago reflete tensões geopolíticas, cambiais e comerciais, os produtores brasileiros enfrentam desafios logísticos, armazenagem limitada e uma demanda externa fragilizada. A expectativa agora se volta para o relatório do USDA, que poderá trazer novos direcionamentos ao setor nos próximos dias.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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