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Moagem 2024/2025 é Concluída em Alagoas com Resultados Abaixo da Expectativa

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A safra 2024/2025 de cana-de-açúcar foi oficialmente concluída em Alagoas no início de abril, com o processamento de 17,4 milhões de toneladas, conforme divulgado pelo Sindicato da Indústria do Açúcar e do Etanol no Estado de Alagoas (Sindaçúcar-AL). A moagem final ficou abaixo da previsão inicial, que era de 20,8 milhões de toneladas, representando um crescimento de 8,1% em relação ao ciclo anterior. O desempenho registrado nesta safra representou uma redução de mais de 1,8 milhão de toneladas em comparação com a safra 2023/2024, quando as usinas processaram mais de 19,3 milhões de toneladas.

Apesar dessa diminuição na produção, Alagoas mantém sua posição de liderança como o maior produtor de cana no Nordeste, com a participação de 17 usinas industriais. O início da moagem ocorreu em 26 de agosto de 2024, com as usinas Santo Antônio e Pindorama, e o ciclo foi encerrado pela usina Porto Rico.

Produção de Açúcar e Etanol

O boletim quinzenal nº 14, divulgado pelo Departamento Técnico do Sindaçúcar-AL, revelou que, ao longo da safra 2024/2025, foram produzidas 1,6 milhão de toneladas de açúcar (VHP, cristal e refinado), consolidando o ciclo como majoritariamente açucareiro. Comparando com o ciclo anterior, quando foram produzidas 1,5 milhão de toneladas, houve um pequeno aumento na produção de açúcar.

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Em relação ao etanol, a produção até março deste ano somou 404,6 milhões de litros, uma redução em relação aos 454,1 milhões de litros registrados na safra 2023/2024 e aos 486,3 milhões de litros da safra 2022/2023. A diminuição na produção de etanol é atribuída à menor produtividade agrícola devido ao clima desfavorável, mas a qualidade superior da cana contribuiu para uma produção de açúcar superior à do ciclo passado. Pedro Robério Nogueira, presidente do Sindaçúcar-AL, destacou que a competição com o etanol de milho vindo do Centro-Sul também impactou a produção de etanol, favorecendo a produção de açúcar, que tem sido mais vantajosa no mercado internacional.

Impactos Climáticos e Perspectivas para o Futuro

De acordo com Nogueira, a safra 2024/2025 foi severamente afetada pela falta de chuvas durante o verão, o que retardou o crescimento da cana e diminuiu a oferta. Esse fenômeno não foi exclusivo de Alagoas, afetando também outras regiões produtivas do Brasil, como o Centro-Sul, onde foi observada uma queda na moagem, mas uma melhora no rendimento industrial.

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Apesar dos desafios, Alagoas continua a ser o principal fornecedor de produtos industriais para o Nordeste e ocupa uma posição entre as seis ou sete primeiras no ranking nacional de produção de cana. Em relação ao próximo ciclo, Nogueira se mostrou cauteloso, observando que, embora as chuvas estejam começando a aparecer, ainda não são suficientes para garantir um ciclo ideal. “A chuva determinante para a cana é a de verão”, concluiu o presidente do Sindaçúcar-AL.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Prévia do PIB aponta crescimento de 1,3% no primeiro trimestre, impulsionado pela agropecuária

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O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma estimativa antecipada do Produto Interno Bruto (PIB), apontou expansão de 1,3% no primeiro trimestre de 2025. O dado, divulgado nesta segunda-feira (19), sinaliza uma aceleração no ritmo da economia brasileira, impulsionada principalmente pelo setor agropecuário. O resultado oficial do PIB, calculado pelo IBGE, será divulgado no próximo dia 30 de maio.

Economia avança no 1º trimestre com destaque para o setor agropecuário

O crescimento de 1,3% no IBC-Br foi calculado com ajuste sazonal, o que permite uma comparação mais precisa com o trimestre anterior, o último de 2024, quando o indicador havia registrado uma expansão menor, de 0,5%.

O bom desempenho nos primeiros três meses de 2025 marca o sexto trimestre consecutivo de alta no indicador. A última retração havia ocorrido no terceiro trimestre de 2023, com queda de 0,7%.

O setor agropecuário se destacou como principal motor da atividade econômica no período, com crescimento de 6,1%. Os demais setores também apresentaram resultados positivos:

  • Agropecuária: +6,1%
  • Indústria: +1,6%
  • Serviços: +0,7%
Expectativas de desaceleração para o restante de 2025

Apesar do bom desempenho no início do ano, tanto o Banco Central quanto o mercado financeiro projetam uma desaceleração no ritmo de crescimento da economia ao longo de 2025.

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As estimativas indicam:

  • Projeção do mercado: crescimento de 2,02% no ano
  • Projeção do Banco Central: expansão de 1,9%
  • Crescimento registrado em 2024: 3,4%

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reconheceu sinais iniciais de desaceleração, mas ressaltou a necessidade de vigilância sobre os preços. Segundo o BC, essa desaceleração faz parte da estratégia de controle inflacionário, considerada fundamental para alcançar a meta de inflação de 3%.

Hiato do produto e impacto dos juros na economia

Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central informou que o “hiato do produto” segue positivo. Isso significa que a economia está operando acima de seu potencial, sem pressionar a inflação no momento.

O BC também avaliou que os juros elevados já contribuem para a desaceleração da atividade econômica e que esse efeito deverá se refletir de forma mais significativa na geração de empregos.

Março registra terceira alta consecutiva do IBC-Br

No recorte mensal, o IBC-Br cresceu 0,8% em março na comparação com fevereiro, quando havia avançado 0,5%. Esse foi o terceiro mês seguido de expansão. A última queda foi em dezembro de 2024 (-0,5%).

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Outros dados de destaque:

  • Comparação com março de 2024: alta de 3,5% (sem ajuste sazonal)
  • Trimestre x mesmo período de 2024: crescimento de 3,7%
  • Acumulado de 12 meses até março: expansão de 4,2%
Diferenças entre IBC-Br e PIB

Embora o IBC-Br seja considerado uma prévia do PIB, há diferenças metodológicas entre os dois indicadores. O índice do Banco Central leva em conta estimativas dos setores agropecuário, industrial e de serviços, além de impostos, mas não incorpora o lado da demanda da economia — considerado no cálculo do PIB oficial pelo IBGE.

O IBC-Br é, ainda, uma das principais ferramentas utilizadas pelo Banco Central para balizar decisões sobre a taxa básica de juros. Um crescimento mais forte da economia, por exemplo, pode aumentar a pressão inflacionária e influenciar na condução da política monetária.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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