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Novo presidente da Comissão de Agricultura da Câmara promete ação firme contra invasões

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O deputado federal Rodolfo Nogueira assumiu a presidência da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados em um momento de grande preocupação para o setor agropecuário brasileiro. Com invasões de terras, estiagem prolongada e incertezas sobre o financiamento da próxima safra, lideranças do agronegócio se mobilizam para garantir que o setor tenha o respaldo necessário para enfrentar esses desafios.

Pecuarista e agricultor, Nogueira reforçou seu compromisso em atuar junto à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e lideranças do setor para pressionar o governo federal a apresentar soluções concretas. Entre as principais pautas, estão a insegurança jurídica no campo, a falta de recursos para o seguro rural e o atraso na definição do orçamento do Plano Safra. Para isso, pretende convocar os ministros da Agricultura e da Fazenda para prestarem esclarecimentos à comissão.

Isan Rezende, presidente do IA – Imagem: assessoria

O presidente do Instituto do Agronegócio (IA), Isan Rezende, por exemplo, lembrou que “o agronegócio brasileiro é um pilar da economia nacional, mas enfrenta desafios crescentes, como insegurança jurídica e falta de previsibilidade para investimentos. O setor precisa de um ambiente estável para continuar produzindo e garantindo empregos, e é fundamental que o Congresso tenha um papel ativo na defesa dos produtores”.

Rezende também destacou a importância da ampliação dos recursos para o seguro rural: “Os produtores lidam com riscos climáticos cada vez maiores, e o seguro rural é essencial para proteger a atividade. Sem recursos suficientes, muitos agricultores podem ficar desamparados em caso de perdas. O governo precisa priorizar esse tema e garantir que os fundos cheguem a quem realmente precisa”.

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Em apoio a Rodolfo Nogueira, Isan Rezende ainda reforçou a necessidade de um posicionamento firme contra invasões de terras e insegurança jurídica no campo: “Não podemos admitir que a propriedade privada seja desrespeitada. A insegurança jurídica prejudica desde os pequenos produtores até os grandes investimentos no agro. Precisamos de regras claras e de um governo que faça cumprir a lei para garantir um setor produtivo forte e sustentável”, completou.

A morosidade do governo na definição do orçamento da Lei Orçamentária Anual tem sido duramente criticada pelo setor produtivo, que depende desses recursos para viabilizar a próxima safra. O novo presidente da comissão alertou que a indefinição orçamentária pode comprometer o financiamento rural, prejudicando diretamente os produtores. O setor agropecuário representa um terço dos empregos formais no Brasil e é um dos principais responsáveis pelo superávit da balança comercial, tornando-se indispensável para a economia nacional.

Além do financiamento, a segurança no campo também está no centro das discussões. Nogueira afirmou que o setor não pode aceitar que invasões de terras sejam toleradas pelo governo e que medidas firmes devem ser tomadas para garantir o direito de propriedade. A incerteza jurídica afeta não apenas os grandes produtores, mas também pequenos e médios agricultores, que dependem da estabilidade para continuar investindo.

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Outro tema prioritário será a ampliação dos recursos para o seguro rural. A proposta da senadora Tereza Cristina, que reivindica ao menos R$ 2 bilhões para o programa ainda neste ano, tem apoio dentro da comissão. A medida é considerada fundamental para dar segurança financeira aos produtores diante de um cenário de adversidades climáticas e oscilações do mercado.

Nogueira substitui Evair de Melo na presidência da comissão e ficará à frente dos trabalhos por um ano, conforme determina o regimento interno da Câmara. A nova liderança se compromete a atuar com firmeza na defesa do setor, garantindo que os interesses do agronegócio brasileiro sejam devidamente representados. O alinhamento com entidades do setor e o diálogo com o Congresso serão fundamentais para enfrentar os desafios e fortalecer a agropecuária nacional.

Fonte: Pensar Agro

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Moagem 2024/2025 é Concluída em Alagoas com Resultados Abaixo da Expectativa

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A safra 2024/2025 de cana-de-açúcar foi oficialmente concluída em Alagoas no início de abril, com o processamento de 17,4 milhões de toneladas, conforme divulgado pelo Sindicato da Indústria do Açúcar e do Etanol no Estado de Alagoas (Sindaçúcar-AL). A moagem final ficou abaixo da previsão inicial, que era de 20,8 milhões de toneladas, representando um crescimento de 8,1% em relação ao ciclo anterior. O desempenho registrado nesta safra representou uma redução de mais de 1,8 milhão de toneladas em comparação com a safra 2023/2024, quando as usinas processaram mais de 19,3 milhões de toneladas.

Apesar dessa diminuição na produção, Alagoas mantém sua posição de liderança como o maior produtor de cana no Nordeste, com a participação de 17 usinas industriais. O início da moagem ocorreu em 26 de agosto de 2024, com as usinas Santo Antônio e Pindorama, e o ciclo foi encerrado pela usina Porto Rico.

Produção de Açúcar e Etanol

O boletim quinzenal nº 14, divulgado pelo Departamento Técnico do Sindaçúcar-AL, revelou que, ao longo da safra 2024/2025, foram produzidas 1,6 milhão de toneladas de açúcar (VHP, cristal e refinado), consolidando o ciclo como majoritariamente açucareiro. Comparando com o ciclo anterior, quando foram produzidas 1,5 milhão de toneladas, houve um pequeno aumento na produção de açúcar.

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Em relação ao etanol, a produção até março deste ano somou 404,6 milhões de litros, uma redução em relação aos 454,1 milhões de litros registrados na safra 2023/2024 e aos 486,3 milhões de litros da safra 2022/2023. A diminuição na produção de etanol é atribuída à menor produtividade agrícola devido ao clima desfavorável, mas a qualidade superior da cana contribuiu para uma produção de açúcar superior à do ciclo passado. Pedro Robério Nogueira, presidente do Sindaçúcar-AL, destacou que a competição com o etanol de milho vindo do Centro-Sul também impactou a produção de etanol, favorecendo a produção de açúcar, que tem sido mais vantajosa no mercado internacional.

Impactos Climáticos e Perspectivas para o Futuro

De acordo com Nogueira, a safra 2024/2025 foi severamente afetada pela falta de chuvas durante o verão, o que retardou o crescimento da cana e diminuiu a oferta. Esse fenômeno não foi exclusivo de Alagoas, afetando também outras regiões produtivas do Brasil, como o Centro-Sul, onde foi observada uma queda na moagem, mas uma melhora no rendimento industrial.

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Apesar dos desafios, Alagoas continua a ser o principal fornecedor de produtos industriais para o Nordeste e ocupa uma posição entre as seis ou sete primeiras no ranking nacional de produção de cana. Em relação ao próximo ciclo, Nogueira se mostrou cauteloso, observando que, embora as chuvas estejam começando a aparecer, ainda não são suficientes para garantir um ciclo ideal. “A chuva determinante para a cana é a de verão”, concluiu o presidente do Sindaçúcar-AL.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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