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Prévia do PIB aponta crescimento de 1,3% no primeiro trimestre, impulsionado pela agropecuária

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O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma estimativa antecipada do Produto Interno Bruto (PIB), apontou expansão de 1,3% no primeiro trimestre de 2025. O dado, divulgado nesta segunda-feira (19), sinaliza uma aceleração no ritmo da economia brasileira, impulsionada principalmente pelo setor agropecuário. O resultado oficial do PIB, calculado pelo IBGE, será divulgado no próximo dia 30 de maio.

Economia avança no 1º trimestre com destaque para o setor agropecuário

O crescimento de 1,3% no IBC-Br foi calculado com ajuste sazonal, o que permite uma comparação mais precisa com o trimestre anterior, o último de 2024, quando o indicador havia registrado uma expansão menor, de 0,5%.

O bom desempenho nos primeiros três meses de 2025 marca o sexto trimestre consecutivo de alta no indicador. A última retração havia ocorrido no terceiro trimestre de 2023, com queda de 0,7%.

O setor agropecuário se destacou como principal motor da atividade econômica no período, com crescimento de 6,1%. Os demais setores também apresentaram resultados positivos:

  • Agropecuária: +6,1%
  • Indústria: +1,6%
  • Serviços: +0,7%
Expectativas de desaceleração para o restante de 2025

Apesar do bom desempenho no início do ano, tanto o Banco Central quanto o mercado financeiro projetam uma desaceleração no ritmo de crescimento da economia ao longo de 2025.

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As estimativas indicam:

  • Projeção do mercado: crescimento de 2,02% no ano
  • Projeção do Banco Central: expansão de 1,9%
  • Crescimento registrado em 2024: 3,4%

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reconheceu sinais iniciais de desaceleração, mas ressaltou a necessidade de vigilância sobre os preços. Segundo o BC, essa desaceleração faz parte da estratégia de controle inflacionário, considerada fundamental para alcançar a meta de inflação de 3%.

Hiato do produto e impacto dos juros na economia

Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central informou que o “hiato do produto” segue positivo. Isso significa que a economia está operando acima de seu potencial, sem pressionar a inflação no momento.

O BC também avaliou que os juros elevados já contribuem para a desaceleração da atividade econômica e que esse efeito deverá se refletir de forma mais significativa na geração de empregos.

Março registra terceira alta consecutiva do IBC-Br

No recorte mensal, o IBC-Br cresceu 0,8% em março na comparação com fevereiro, quando havia avançado 0,5%. Esse foi o terceiro mês seguido de expansão. A última queda foi em dezembro de 2024 (-0,5%).

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Outros dados de destaque:

  • Comparação com março de 2024: alta de 3,5% (sem ajuste sazonal)
  • Trimestre x mesmo período de 2024: crescimento de 3,7%
  • Acumulado de 12 meses até março: expansão de 4,2%
Diferenças entre IBC-Br e PIB

Embora o IBC-Br seja considerado uma prévia do PIB, há diferenças metodológicas entre os dois indicadores. O índice do Banco Central leva em conta estimativas dos setores agropecuário, industrial e de serviços, além de impostos, mas não incorpora o lado da demanda da economia — considerado no cálculo do PIB oficial pelo IBGE.

O IBC-Br é, ainda, uma das principais ferramentas utilizadas pelo Banco Central para balizar decisões sobre a taxa básica de juros. Um crescimento mais forte da economia, por exemplo, pode aumentar a pressão inflacionária e influenciar na condução da política monetária.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Com importações favorecidas pelo dólar, mercado de arroz segue em queda e setor cobra medidas emergenciais

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O mercado brasileiro de arroz continua enfrentando forte pressão nos preços, influenciado principalmente pela valorização das importações, impulsionadas pela queda do dólar. A situação preocupa produtores e levou a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) a cobrar ações emergenciais do governo para conter os prejuízos e evitar a retração da produção nas próximas safras.

Preço do arroz recua mais de 11% no mês e quase 41% em um ano

Na principal praça produtora do país, o Rio Grande do Sul, a saca de 50 kg de arroz em casca foi negociada na quinta-feira (12) a R$ 67,59. O valor representa uma queda de 11,73% em comparação ao mesmo período do mês anterior e um recuo expressivo de 40,97% frente ao registrado no mesmo período de 2024.

Dólar baixo amplia competitividade do arroz importado

Segundo o analista Élcio Bento, da Safras & Mercado, o câmbio mais baixo tem estimulado a entrada de arroz importado, tanto em casca quanto beneficiado, especialmente de países parceiros do Mercosul. “Mesmo com o arroz gaúcho sendo competitivo frente ao produto norte-americano, as exportações brasileiras continuam fracas”, observa.

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Produtores pressionam governo por ações emergenciais

Em busca de soluções, a Federarroz se reuniu nesta quarta-feira (11), em Brasília, com representantes do Governo Federal. A entidade levou às autoridades a preocupação com os baixos preços e a falta de liquidez no mercado, cobrando a adoção de medidas ainda em 2025.

Entre as propostas apresentadas, está a criação de contratos de opção com preços até 20% acima do atual valor mínimo, para garantir maior segurança e estímulo ao produtor. A Federarroz também defende que compras públicas não sejam realizadas com base no preço mínimo vigente de R$ 63,00 por saca, considerado insuficiente para cobrir os custos de produção.

Previsão de redução na área plantada preocupa setor

Caso os preços não apresentem recuperação nos próximos meses, o setor já prevê uma redução significativa na área cultivada de arroz no país. A falta de rentabilidade tem desestimulado produtores, elevando o risco de retração na oferta futura.

Negociação com bancos busca aliviar pressão de venda

Além das demandas junto ao governo, a Federarroz também está dialogando com instituições financeiras. A entidade propõe o escalonamento das dívidas de custeio, buscando aliviar a pressão por vendas nos meses de junho e julho, período em que tradicionalmente há maior necessidade de comercialização para quitação de compromissos financeiros.

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O cenário segue desafiador para o setor orizícola, que enfrenta não apenas a concorrência externa, mas também os efeitos de um câmbio que favorece as importações, enquanto o mercado interno ainda patina em busca de recuperação.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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