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Projeto Campo Futuro discute custos e eficiência da produção de leite em Treze Tílias

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Na última quinta-feira (29), o município de Treze Tílias recebeu o painel do Projeto Campo Futuro voltado para a pecuária de leite. O encontro foi realizado no formato híbrido, reunindo produtores rurais, representantes do Sistema Faesc/Senar, Sindicatos Rurais, técnicos da CNA e profissionais locais.

Parceria entre entidades do setor rural

A iniciativa é uma ação do Sistema CNA/Senar, em parceria com o Sistema Faesc/Senar, o Sindicato Rural de Água Doce e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), buscando promover o desenvolvimento sustentável e o planejamento da atividade leiteira na região.

Posicionamento da liderança da Faesc

O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc), Clemerson Argenton Pedrozo, destacou sua satisfação em participar novamente do Projeto Campo Futuro. Ele ressaltou o empenho do presidente José Zeferino Pedrozo na valorização da pecuária leiteira e demais setores produtivos, evidenciando a relevância do trabalho realizado pelo Sistema Faesc/Senar, CNA e Sebrae Nacional para produtores de Santa Catarina e do Brasil.

Importância do projeto para o planejamento rural

Clemerson Pedrozo reforçou o papel do Campo Futuro como ferramenta essencial para que o produtor rural compreenda melhor seus custos, planeje suas atividades e tome decisões estratégicas. Segundo ele, Santa Catarina, com apenas 1,12% do território nacional, é o quarto maior produtor de leite do país e destaca-se na produção por animal.

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Ele também reafirmou o compromisso da Faesc em apoiar a pecuária leiteira por meio da Assistência Técnica e Gerencial, cursos do Senar/SC e ações promovidas pelos Sindicatos Rurais.

Reforço do Sindicato Rural de Água Doce

O presidente do Sindicato Rural de Água Doce, Newton Luiz Bedin, enfatizou a relevância do projeto para fortalecer a cadeia produtiva do leite tanto na região quanto no estado.

Perfil das propriedades analisadas

O assessor técnico da CNA, Guilherme Souza Dias, detalhou o perfil das propriedades da região, que possuem cerca de 40 hectares e adotam o sistema semiconfinado de produção de leite. Esse sistema combina o uso de pastagens de inverno e verão, silagem e suplementação concentrada.

Características do rebanho e produção

De acordo com Dias, o rebanho predominante é da raça holandesa, com uma média de 36 vacas em lactação por propriedade. Cada vaca produz cerca de 25 litros de leite por dia, totalizando aproximadamente 900 litros diários por fazenda.

Análise de custos e rentabilidade

O especialista explicou que a receita obtida permite cobrir não só os custos operacionais efetivos, mas também os custos operacionais totais, que incluem a depreciação da infraestrutura e o pró-labore do produtor. Isso indica uma boa eficiência produtiva, com capacidade de reposição dos investimentos nas benfeitorias ao final de sua vida útil.

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Eficiência comparativa da atividade leiteira

Guilherme Dias destacou ainda que, embora a remuneração do capital investido tenha ficado abaixo do esperado, a atividade leiteira mostrou-se mais eficiente no uso da terra do que outras opções na região. A margem bruta por hectare superou significativamente o valor pago pelo arrendamento das terras, indicando um bom desempenho econômico para os produtores.

O Projeto Campo Futuro reforça seu papel como uma ferramenta importante para apoiar a sustentabilidade econômica da pecuária de leite em Santa Catarina, oferecendo dados e análises que auxiliam produtores na tomada de decisões mais estratégicas e eficientes.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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IPCF de Junho sobe 4,8% em meio a tensões geopolíticas e volatilidade nos mercados

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O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) referente ao mês de junho registrou alta de 4,8%, encerrando o período em 1,26. O aumento do índice está diretamente ligado ao cenário global de conflitos internacionais e à instabilidade nos mercados de insumos agrícolas, que pressionaram os preços dos fertilizantes para cima.

Preços dos fertilizantes em alta

Apesar da valorização do real frente ao dólar, a principal pressão sobre o IPCF foi a elevação dos custos dos fertilizantes, que subiram em média 3,7% em junho. Entre os principais aumentos estão:

  • Ureia: +9%
  • Fosfato: +4%
  • Superfosfato Simples (SSP): +2%
  • Cloreto de Potássio (KCl): +1%
Commodities agrícolas apresentam queda

Os preços das commodities agrícolas tiveram uma queda média de pouco mais de 1% no mês. A soja registrou uma leve alta de 3%, enquanto o algodão permaneceu estável. Já o milho e a cana-de-açúcar sofreram fortes retrações, com quedas próximas a 7% e 5%, respectivamente.

Esse movimento está relacionado ao bom andamento do plantio de soja e milho nos Estados Unidos, que seguem com perspectivas favoráveis. No Brasil, a colheita da segunda safra, especialmente na região Centro-Oeste, também apresenta bons resultados. No entanto, o frio intenso no final do mês trouxe preocupação a algumas áreas produtoras do Sul do país.

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Recomendações para o momento de compra

Com o aumento do IPCF e a aproximação da safra de verão, especialistas alertam para a necessidade de avaliar o momento de compra com cautela. Cerca de 25% do mercado ainda está por ser negociado, e decisões antecipadas são essenciais para evitar gargalos logísticos e garantir o abastecimento.

O mercado segue atento às condições climáticas nos Estados Unidos e no Brasil, que podem afetar diretamente a produção agrícola. Além disso, o ambiente geopolítico global permanece instável, exigindo prudência dos produtores rurais.

O que é o IPCF?

O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF), divulgado mensalmente pela Mosaic, mede a relação entre os preços dos fertilizantes e das principais commodities agrícolas brasileiras — soja, milho, açúcar, etanol e algodão.

A metodologia usa como base o ano de 2017, de forma que um índice menor indica uma relação de troca mais favorável, ou seja, maior poder de compra do fertilizante em relação às commodities.

Metodologia de cálculo
  • Preços dos fertilizantes: calculados pela consultoria internacional CRU, com base nos valores praticados nos portos brasileiros.
  • Preços das commodities: apurados pela média do mercado brasileiro em dólar, com dados da Agência Estado e do CEPEA.
  • O índice considera fertilizantes como MAP, SSP, ureia e KCl, ponderados conforme seu uso no país.
  • As commodities incluídas são soja, milho, açúcar, etanol e algodão, também ponderadas pelo consumo de fertilizantes.
  • O câmbio influencia o índice, sendo considerado em 70% no custo dos fertilizantes e 85% na receita das commodities.
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Dados analisados

O índice divulgado refere-se ao mês de junho de 2025 e avalia o cenário para as culturas de soja, milho, açúcar, etanol (cana-de-açúcar) e algodão.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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