Opinião

Adolescência sob o olhar da neurociência

SÉRIE NETFLIX

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*Por Mariana Vidotto

A série Adolescência, da Netflix, é bem mais que um retrato sensível das turbulências na juventude; ela é, uma porta de entrada para compreendermos o cérebro que, nessa fase ainda está em transformação e pleno desenvolvimento. A neurociência é responsável por estudar o sistema nervoso e suas complexidades e nos ajuda a explicar por que essa fase da vida é marcada por características tão singulares como impulsividade, emoções intensas e uma busca constante por identidade.

Na adolescência, o que chamamos popularmente de personalidade é, de fato, um processo que está ocorrendo e se “formando” no córtex órbito-frontal, região do nosso cérebro que só amadurece completamente por volta dos 21 anos de idade.

Isso quer dizer que, até lá, ainda estamos construindo o que chamamos de ‘personalidade’, e dependendo das influências que estamos recebendo do meio, isso resulta num maior ou menor controle das decisões, planejamento e regulação emocional.

A produção da Netflix acerta ao mostrar que adolescentes não são “dramáticos” por escolha. Eles estão biologicamente programados para sentir intensamente. Para a neurociência, a partir dos 13 ou 14 anos já é possível fazer uma análise do que “eu quero” e “do que me faz bem”, mas, atendendo ainda tão somente a impulsos e prazeres imediatos. É exatamente por essa razão que a própria neurociência recomenda o uso de smartphones apenas após essa idade e, mesmo assim, com supervisão dos responsáveis.

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Estamos tratando aqui do que é fisiológico, não de questões educacionais ou religiosas. Outro ponto crucial que deve ser avaliado é o impacto do ambiente. A neurociência já comprovou que experiências vividas na infância e na adolescência moldam profundamente o cérebro.

Isso explica por que traumas, exclusões ou mesmo pequenas experiências sociais têm efeitos tão duradouros. Ao dar espaço para essas histórias, a série Adolescência ajuda a quebrar o tabu de que “é só uma fase”.

Lá vemos personagens que lidam com ansiedade, pressão social, relacionamentos conturbados e descobertas pessoais. Todos esses elementos ganham uma nova luz quando entendemos que a construção da personalidade se dá 25% por fator genético hereditário, 25% fator individual e os outros 50% são moldados pelo meio.

Mais do que entretenimento, a série nos convida a uma reflexão profunda e empática. Pais, professores e a sociedade em geral são convidados a entender que, por trás do comportamento adolescente, há um cérebro em pleno desenvolvimento sendo formado principalmente pelas interações sociais, positivas ou negativas.

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Sob a luz da neurociência, a série Adolescência não só choca e nos emociona, como também nos alerta e nos ensina, muito. E vocês pais ou avós? Estão sabendo em que realidade seus filhos e netos estão vivendo e com quais ‘verdades’ estão convivendo dentro do quarto?

Mariana Vidotto é mãe, Psicoterapeuta Familiar e Orientadora Parental, Especialista em Neurociência e Desenvolvimento Infantil, atua há 10 anos atendendo pacientes de 7 países diferentes.

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@marianavidotto

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Opinião

O inimigo invisível da prosperidade

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Você sabia que os bloqueios emocionais te colocam constantemente num estado de sobrevivência? E, que isso cria a condição ideal para que nada na sua vida prospere? Quando falamos de bloqueios emocionais estamos nos referindo ao que você, eu, ou qualquer pessoa tenha passado e passa como: rejeições, frustrações, perdas, traumas ou crenças negativas.

Essas experiências dolorosas não são devidamente elaboradas pelo organismo. Em vez de fluírem, essas emoções ficam “presas” no corpo e na mente, criando verdadeiras cicatrizes invisíveis. Surgem os bloqueios que, de forma silenciosa, agem somatizando no nosso corpo os reflexos e consequências.

Gradativamente aparecem o cansaço, o desânimo e aqueles pensamentos intrusivos de autossabotagem, como “não mereço” ou “não consigo”. O resultado disso, na prática, é a ansiedade, o medo de arriscar, a insegurança, falta de criatividade, procrastinação, que acarretam consequência não só em relacionamentos, como na vida profissional e na saúde física.

De forma mais clara, o bloqueio emocional coloca a vida em estado de sobrevivência, limitando a capacidade de prosperar. Nesse contexto surge a microfisioterapia, criada na França nos anos 1980, a técnica parte da premissa de que o corpo registra todas as experiências vividas — inclusive os choques emocionais. Quando o organismo não consegue superar um trauma, essa memória permanece nos tecidos como uma cicatriz patológica.

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Por meio de toques sutis e precisos, o terapeuta identifica essas áreas de bloqueio e estimula o corpo a reconhecer a origem do trauma. A partir desse reconhecimento, inicia-se o processo natural de autocorreção. A microfisioterapia se consagra, então, como aliada poderosa nesse processo.
Prosperar não se trata apenas de conquistar bens materiais, mas de viver em plenitude, alinhado ao próprio propósito.

A microfisioterapia contribui justamente nesse ponto: libera o corpo das marcas emocionais que travam o crescimento e devolve ao indivíduo a possibilidade de avançar com mais confiança e vitalidade. O que fazemos aqui é um verdadeiro convite à libertação!

Identificar e tratar bloqueios emocionais é um ato de coragem e autocuidado. Se você sente que sua vida está estagnada, pode ser que seu corpo esteja apenas pedindo para ser ouvido. A microfisioterapia oferece esse espaço de escuta e reconexão, ajudando a transformar feridas do passado em prosperidade para o futuro.

Igor Vilela é fisioterapeuta com formação internacional em Leitura Biológica e Microfisioterapia. @drigorvilela (65) 9845-56001.

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