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ALMT acompanha assinatura de contrato do governo do estado com o Albert Einstein para gestão do Hospital Central

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Na noite desta terça-feira (22), deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) acompanharam, no Palácio Paiaguás, a assinatura do contrato do governo do estado junto à Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein para gestão do Hospital Central de Alta Complexidade de Mato Grosso, em Cuiabá. O funcionamento da nova unidade deve ser iniciado por fases a partir de setembro deste ano.

“Temos mais de metade dos parlamentares aqui hoje. Está presente o sentimento de esperança. Este é um hospital cujas obras foram iniciadas há 34 anos e não havia sido concluído. Agora, conclui-se e coloca-se uma boa instituição para tocar. Acreditamos que com isso a gente poderá ter avanços na saúde pública do nosso estado, da nossa capital”, destacou o presidente da Casa de Leis, deputado estadual Max Russi (PSB).

A ALMT foi responsável por aprovar, na última semana, a autorização para que a parceria fosse firmada. O texto incluiu emendas propostas por deputados com mecanismos de transparência e responsabilidade. Está previsto, por exemplo, repasse controlado de recursos, a prestação de contas periódica e a realização de audiências públicas, a fim de garantir controle social do contrato.

“É importante esse debate na Assembleia. As emendas colocadas foram discutidas com o governo e melhoraram bastante o projeto. Agora, o Hospital Central, depois de 40 anos, ser inaugurado com a administração de uma OSS [Organização Social de Saúde] do Albert Einstein, que é o melhor hospital público do Brasil e um dos 25 melhores do mundo, é realmente espetacular. Isso vai subir a régua da qualidade da saúde pública no estado e da saúde particular também, porque os outros hospitais vão ter de seguir atrás dessa referência”, ressaltou o deputado Carlos Avallone (PSDB).

Para o primeiro secretário da ALMT, deputado Dr. João (MDB), a assinatura do contrato é um marco para Mato Grosso. “Hoje para mim é um dia histórico, eu, como médico em Mato Grosso há 40 anos, acompanhei toda a evolução da medicina, da saúde pública aqui no estado. Nós assinamos um contrato hoje com uma instituição extremamente capacitada, reconhecida no mundo inteiro”, frisou o parlamentar.

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O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), afirmou que a parceria foi construída ao longo de quase dois anos e há cerca de um ano foram iniciadas as tratativas para desenhar o modelo operacional da nova unidade.

“Conseguimos construir esse modelo, tivemos a aprovação da Assembleia Legislativa e hoje aqui assinamos o contrato. [A partir de maio] teremos quatro meses de atividades pré-operacionais, onde eles vão começar o trabalho de recrutamento, fazer algumas aquisições de insumos, medicamentos, fazer todo o treinamento desses profissionais. No mês de setembro, nós já devemos ter provavelmente o início das atividades operacionais com o hospital entrando no estágio de produção”, explicou. Ainda de acordo com Mendes, a operação completa deve começar em dezembro deste ano ou janeiro de 2026.

O presidente Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einsteinn, Sidney Klajner, garantiu que será priorizada a contratação de profissionais locais e será feito o devido treinamento para que seja alcançada a qualidade de excelência encontrada na unidade de referência, em São Paulo. Segundo dados apresentados por ele, houveram avanços significativos nas unidades públicas espalhadas pelo país que contam com a parceria do Albert Einstein, com redução de espera para cirurgia e maior aproveitamento de leitos, com a maior agilidade no tratamento oferecido. A OSS já atua em 32 unidades de saúde no Brasil, sendo que o Hospital Central será o sexto hospital a ser administrado pela organização. Ele estima que procedimentos mais complexos, como cirurgia robótica e transplantes, poderão ser discutidos a partir do funcionamento total do hospital.

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Todos os serviços presentes na nova unidade serão de total responsabilidade da OSS Albert Einstein, ressaltou o secretário de estado de saúde, Gilberto Figueiredo. O contrato prevê o prazo de cinco anos para a gestão, com possibilidade de renovações. Ademais, o chefe da pasta da saúde no estado, adiantou que nos próximos 60 dias será trocado o sistema de regulação de pacientes com objetivo de aumentar a eficiência do atendimento das demandas dos pacientes.

“Este será um hospital de alta complexidade, portanto os pacientes são regulados. Já fizemos a parceria com a Universidade do Rio Grande do Norte para adotar um sistema que já funciona em outros estados e não terá custo de aquisição para o governo do estado”, disse.

Também participaram do evento, os deputados Valmir Moretto (Republicanos), Dr. Eugênio (PSB), Dr. Arnaldo (PP), Adenilson Rocha (PSDB), Beto Dois a Um (PSB), Nininho (PSD), Eduardo Botelho (União), Fabio Tardin (PSB), Chico Guanieri (PRD) e Paulo Araújo (PP), atualmente licenciado, além de diversas autoridades dos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e do Tribunal de Contas do Estado (TCE), além de servidores.

Hospital Central – As obras da unidade foram retomadas em 2020 com um novo projeto, após paralisação de 34 anos. O Hospital Central de Alta Complexidade de Mato Grosso contará com uma área de 32 mil m² e terá capacidade para atender 1.990 internações, 652 cirurgias e 3.000 consultas especializadas mensalmente, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (Ses/MT).

O local contará com dez salas cirúrgicas, 60 leitos de UTI e 230 leitos de enfermaria. O hospital atenderá diversas especialidades como cardiologia, neurologia, ortopedia, urologia e ginecologia. O custo mensal das operações está estimado em quase R$ 35 milhões.

Fonte: ALMT – MT

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ALMT discute políticas públicas para tratamento da fibromialgia em audiência

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A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) discutiu políticas públicas para o tratamento da fibromialgia em audiência pública na tarde desta segunda-feira (19). Participaram especialistas, pacientes, representantes de associações e membros da administração pública na busca de articulação para garantir direitos já previstos em leis do estado.

Uma das reivindicações diz respeito à Carteira de Identificação para Portadores de Fibromialgia, prevista na Lei estadual nº 12.559/2024, mas que ainda não foi implementada. A Política Estadual de Proteção dos Direitos da Pessoa com Fibromialgia é tratada na Lei nº 11.554/2021. Entre outras medidas, a legislação reconhece a pessoa com fibromialgia como pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais. Também foi citada a Lei nº 11.657/2021. O texto autoriza a criação de Centros de Diagnóstico de Pacientes com Fibromialgia.

A lei da carteira de identificação prevê a apresentação de laudo feito por médico reumatologista, fisiatra ou especialista em dor crônica. Segundo a presidente da Associação Mato-grossense de Fibromiálgicos Daniel Lenz, Carmen Miranda Sousa, o acesso a esses profissionais pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é difícil. “Essa é mais uma demanda, a gente tem de buscar isso. As pessoas sofrem. Hoje são mais de 100 mil pessoas no Estado de Mato Grosso que têm o problema e a carência é total”, apontou.

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Pelo sistema remoto, o médico reumatologista Luiz Guedes Barbosa defendeu que o enfrentamento à fibromialgia envolve acompanhamento psicológico, psiquiátrico juntamente com outros cuidados por se tratar de uma dor real.

“A rede de atendimento precisa ser adequada com fisioterapia, acupuntura, muitos remédios, alongamentos. É um grande desafio tratar essa condição que atinge de 3 a 4,5% da população e tem grande impacto na questão trabalhista”, afirmou.

A fibromialgia é uma condição crônica caracterizada por dor muscular generalizada, fadiga e sintomas como distúrbios do sono e alterações de humor. Atinge principalmente mulheres e a causa exata ainda não é totalmente conhecida, mas predisposição genética, estresse e traumas físicos são considerados fatores. Por ser uma condição invisível, muitas vezes as reclamações não são levadas a sério por quem está próximo da pessoa com fibromialgia.

“O reconhecimento da deficiência e garantia dos direitos é importante porque é muito desgastante você falar o tempo todo… ‘olha, eu estou com dor’. Eu também tenho fibromialgia e às vezes eu falo que estou com muita dor e tem pessoas que falam: ‘mas você nem cansa, você trabalha sentada, você fica sentada o tempo todo’, mas eu tenho dores o tempo todo”, ilustrou a superintendente estadual das Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência, Taís de Paula.

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O deputado estadual Dr. João (MDB), requerente da audiência, pontuou que é preciso fazer rapidamente um protocolo para reconhecimento das pessoas com fibromialgia pelo estado. Ele avaliou que a entrega da carteira de identificação tornará possível o acesso a diversos direitos como isenção do pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e atendimento prioritário em diferentes tipos de serviço. “Fizemos esse encontro para chamar a atenção e convidar todas as pessoas envolvidas no assunto da fibromialgia para que nós possamos acelerar com esse protocolo”, explicou o parlamentar. Ele se comprometeu a liderar uma nova reunião para avançar no tema.

O mês de maio é o principal para debates sobre essa condição, sendo 12 de maio o Dia Nacional e Mundial de Conscientização e Enfrentamento da Fibromialgia.

Fonte: ALMT – MT

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