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Edital anuncia concorrência pública para pavimentação da MT-199

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O Estado de Mato Grosso está prestes a estreitar a relação com a Bolívia. A estrada MT-199 que liga Vila Bela da Santíssima Trindade (522 km de Cuiabá) ao país vizinho, ganhou um edital de concorrência pública para a sua pavimentação. Neste primeiro momento, serão asfaltados 40 km da estrada, que vai do município até o destacamento militar de Palmirito.

O anúncio da concorrência pública, que tem as inscrições abertas no dia 31, ocorreu nas festividades do aniversário da cidade, que completou 273 anos, nesta quarta (19). Atualmente a estrada de terra dificulta o acesso e comércio com a Bolívia.

O deputado estadual Valmir Moretto (Republicanos), que representa a região oeste, é o responsável pela articulação do lançamento do edital juntamente com o Executivo estadual. Resultado fruto de um termo de compromisso assinado em outubro de 2021, juntamente com o Comitê de Integração Brasil-Bolívia-Paraguai.

“Assinamos o documento que firmou o compromisso da pavimentação deste trecho em 2021. Em 2022 conseguimos a estadualização da estrada, em 2024 a autorização para a pavimentação, e agora, em 2025 finalmente o edital está lançado. É um trabalho que venho realizando arduamente para que Mato Grosso cresça ainda mais”, pontua Moretto.

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Para o presidente do Comitê de Integração Brasil-Bolívia-Paraguai, Pedro Lacerda, que acompanha a articulação do republicano no processo da pavimentação do trecho, a estrada representa um anseio da população local e uma economia para a produção do Estado.

“A pavimentação da MT-199 representa economicamente para Mato Grosso. Uma diminuição no custo do frete e na produção do agronegócio, o fortalecimento do intercâmbio cultural entre os países, além da potencialização do turismo”, destaca Lacerda.

De acordo com o Comitê, a nova estrada bi continental pretende levar Mato Grosso para o Porto de Arica no Chile. Atualmente, o Estado demora 38 dias para exportar para China, via o Porto de Santos em São Paulo. Com a ligação a partir da MT-199, serão 19 dias para a Ásia. “Um tiro direto para china”, pontua Lacerda.

O grupo afirma também que a economia virá na compra de sal e ureia. A Bolívia, produtora destes produtos, poderá exportar legalmente via MT-199 ao Brasil, reduzindo custos e trabalhando na Balança Comercial de ambos os países.

Já o nosso país poderá importar a soja para a Bolívia, que possui o total de 7 esmagadores e refinarias que fabricam óleo. Por falta destes produtos, o Comitê aponta que nenhuma dessas indústrias bolivianas conseguiram alcançar 50% da sua capacidade de produção. Economia no frete e na produção dos países envolvidos.

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Dentre as autoridades presentes no lançamento do edital, estavam o governador Mauro Mendes (União Brasil), o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, o deputado estadual Valmir Moretto, o prefeito de Vila Bela, Dr. André, além dos deputados Fabinho, Thiago Silva, Juca do Guaraná e demais autoridades locais.

Fonte: ALMT – MT

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3º Acampamento Terra Viva debate economia sustentável em audiência pública da ALMT

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As reivindicações sugeridas durante a audiência pública que debateu o tema “Economia Sustentável para os Povos Indígenas de Mato Grosso”, realizada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), nesta segunda-feira (28), no pátio da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), serão encaminhadas aos órgãos competentes pelo autor da audiência, deputado Lúdio Cabral (PT).

O evento faz parte da programação do III Acampamento Terra Livre (ATL-MT 2025), com foco na COP30, que será realizada em novembro, em Belém (PA), com o tema “COP30: O protagonismo dos povos indígenas de Mato Grosso nas políticas internacionais Climáticas”. Transmitida, ao vivo, pela TV Assembleia, a audiência reuniu aproximadamente 400 representantes, de 43 etnias, das 87 terras indígenas mato-grossenses, que ocupam os três biomas: Floresta Amazônica, Cerrado e Pantanal. Oportunidade em que aproveitam para expor seus artesanatos e apresentações culturais.

Dentre as reivindicações, políticas públicas que promovam acesso a linhas de crédito; proteção de suas terras; medidas urgentes barrar o avanço das invasões, do garimpo, do desmatamento ilegal e das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs).

De acordo com a presidente da Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt), Eliane Xunakalo, indígena do povo Bakairi, de Nobres, a audiência é necessária para ouvir o clamor dos indígenas, representados pelas 45 associações que fazem parte da federação, dentre elas a Associação Terra Indígena do Xingu (Atix) e o Instituto Raoni.

Foto: HELDER FARIA/ALMT

“É importante apoiar e dizer que os povos indígenas são produtivos e precisam de apoio. A maior demanda é por fomento, ajudar a escoar a nossa produção de banana, flexibilizar a questão burocrática. Temos presença de indígenas em todas as cadeias alimentares, na agricultura familiar, extrativismo, artesanato, moda, cultura. Então, é necessário dizer que estamos em todas as áreas da economia, mas a nossa economia é pensada para o coletivo, para o bem viver. E a Assembleia Legislativa vai ao encontro dos povos indígenas, que não têm a mesma visibilidade em relação aos outros povos mato-grossenses”, afirmou Eliane.

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Ao assegurar o encaminhamento das sugestões, o deputado Lúdio chamou a atenção sobre as pautas para que o estado possa buscar caminhos para a devida execução de cada uma.

“Todas as propostas trazidas pelos povos indígenas de Mato Grosso nessa audiência vamos sistematizar e cobrar as responsabilidades que o estado tem. Também cobrar o governo federal, dos municípios, para que a gente contribua com a proteção do meio ambiente ao mesmo tempo em que se desenvolva a economia nos territórios”, afirmou o deputado, ao garantir apoio da ALMT à solução do escoamento da produção, uma vez que, segundo ele, os povos indígenas carecem também de assistência técnica, de crédito, de política para comercialização e de infraestrutura.

José Ângelo, da etnia nambikwara, representante da região Cerrado Pantanal, informou que existem as políticas públicas nacionais de fomento, mas muito burocráticas. “A população indígena, através das suas organizações, tem dificuldade de acessar o fomento para desenvolver dentro de seus territórios. Então, queremos uma audiência pública específica sobre esse tema para que possamos ser ouvidos”, solicitou.

Durante a audiência, o deputado Valdir Barranco (PT) falou sobre a importância de respeitar a cultura dos povos indígenas, que considera preponderante à preservação. “A classe produtora do Brasil deveria agradecer que ainda temos os povos indígenas que preservam os nossos biomas. É isso que faz com que tenhamos ainda um pouco de equilíbrio que nos restam. Se aprendermos um pouco com eles vamos superar essa questão das mudanças climáticas que ainda vão exigir muito de nós. Teremos a COP 30 neste ano e o Brasil poderá mostrar tudo isso que contribui com o mundo e pelo que somos admirados lá fora. Mas sobretudo devemos respeita-los como quem contribui para o equilíbrio do meio ambiente”.

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A vice-presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Rosa Neide (PT), informou que neste ano, os povos indígenas conseguiram apresentar 19 projetos, no valor R$ 8,9 milhões.

“Avançou muito. O projeto indígena já é bem desburocratizado, muitos dos documentos eles não precisam apresentar, mas mesmo assim há dificuldades. Então, a gente vai fazer oficinas, região por região, vamos começar pela Baixada Cuiabana e expandir para todo o estado, para que eles possam apresentar as propostas. Eles produzem muito bem, só nunca foram orientados de como vender, de como fazer, a comercializar”, disse Rosa Neide.

Também participou Benedito Garcia, coordenador regional da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai-MT). Explicou que já preparam um mutirão para emissão de documentos dos indígenas para que tenham acesso aos benefícios sociais. Mato Grosso tem seis das 38 regionais do país.

“Por isso, essa audiência pública é importantíssima porque precisamos trabalhar sustentabilidade, usar a terra de maneira correta, incentivar a agricultura familiar, que é uma maneira de terem uma renda dentro da própria comunidade”, concluiu.

Fonte: ALMT – MT

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